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Sinagoga Espírita Nova Jerusalém

Fundada em 1916 por Antônio J. Trindade

Cronologia de Antônio J. Trindade e Sinagoga E. Nova Jerusalém


1882 23 de julho, em Loureiro, Portugal, nasce Antônio José Trindade.
Período de formação acadêmica, mudança para Lisboa e convívio com a corte, fazendo sólida amizade com Rei Dom Carlos com quem discute idéias políticas e sociais.
1908 01 de fevereiro, falecimento rei D. Carlos de Portugal, início reinado do seu filho Manuel II.
1909 Maio, Chegada de Antônio J. Trindade ao Rio de Janeiro – Brasil, designado como adido Cultural, apresenta-se no Consulado de Portugal
Recebido por Afonso Serra, sócio de grande empresa João Jorge Figueiredo & Cia, que faz sua apresentação política com quem trava sólida amizade. Através de Serra, toma conhecimento do Espiritismo pela obra “Livro dos Espíritos”, onde inicia seu estudo aprofundado da obra completa de Allan Kardec e seus estudos práticos.
1910 Fim da monarquia portuguesa com a morte do rei Manuel II, instituindo-se a República em Portugal.
1916 24 de junho, Antônio J. Trindade a convite dos espíritas vem do Rio de Janeiro para São Paulo para estudos, motivado pelo grande sucesso que fez a aparição do médium Carlos Mirabelli; chegada essa publicada no jornal “A Gazeta” em 28 de junho: “Encontra-se nesta capital há dias vindo do Rio de Janeiro, onde reside, o conhecido escritor português Sr. Antônio J. Trindade. ” apresenta-se como farmacêutico no escritório de Dr. Alberto Seabra, acima da farmácia onde realizava-se reuniões para discussão da mediunidade de Carlos Mirabelli bem como assuntos pertinentes à doutrina espírita, filosofia, ciência e religião. Reconhecido como grande conhecedor do tema espírita, Antônio J. Trindade é convidado a fazer um ciclo de conferências, explicando o que era a mediunidade em geral e em particular a de Mirabelli.
Primeira conferência realizada no teatro São José onde está o edifício da Light.
03 de julho, segunda conferência realizada no teatro São José às 20:00h sobre o caso Mirabelli.
04 de julho, conferência na União Espírita do Estado de São Paulo, à rua Quirino de Andrade, 21 sobre o tema “Fé cega e fé raciocinada” (ambas documentadas no Jornal “A Gazeta” em 05 de julho de 1916)
06 de julho, terceira e última conferência sobre Mirabelli realizada na União Espírita do Estado de São Paulo, com o convite especial para a classe médica em virtude da proposta de explicar cientificamente todos os fenômenos de Mirabelli, tendo por tema “Como os espíritos atuam sobre a matéria e sobre os encarnados para que os fenômenos se produzam. ”
Em decorrência da eficiência, Antônio J. Trindade é convidado a fazer algumas demonstrações sobre a prática espírita que se realizam no salão da União Espírita do Estado de São Paulo, onde dá-se as primeiras sessões práticas e as primeiras curas feitas em público. Antônio J. Trindade é convidado a fundar um centro em São Paulo que tivesse por todo de trabalho.
31 de agosto, fundação da Sinagoga São Pedro e São Paulo à Rua do Gasômetro, 166. Noticiado no jornal “Correio Paulistano” na mesma data: “... da inauguração que se dará hoje às 20:00h da Sinagoga Espírita São Pedro e São Paulo, à associação recentemente organizada e que se destina a prestar assistência espiritual, dentária e judiciária assim como material a todos os necessitados”. Noticiado no jornal “Commércio de São Paulo” na mesma data: “Inaugura-se hoje às 20:00h, a Sinagoga Espírita São Pedro e São Paulo, centro espírita, onde os necessitados encontrarão assistência espiritual, dentária, judiciária e material. Esta casa que se inaugura nesta capital foi criada pelo senhor Antônio José Trindade. ”
Dezembro, instituído “O Natal dos Pobres” – distribui-se um farto natal a centenas de famílias necessitadas: cada família recebe aproximadamente 20kg de mantimentos, além cinco mil réis em dinheiro.
1917 Maio, em decorrência do número de frequentadores, deu-se a inauguração de nova sede da Sinagoga São Pedro e São Paulo à rua José Bonifácio, 11.
Em virtude do aumento de pessoas em busca de tratamento, e gravidade de alguns casos, faz-se necessário a fundação de um Sanatório. Dá-se então, em pouco tempo, o lançamento da pedra fundamental do Sanatório em Gopoúva - Guarulhos.
1918 Para que a obra se desse, Sr. Trindade de posse do prestígio e confiança adquirido junto aos comerciantes da capital lança uma lista de subscritos de modo a angariar os fundos necessários para a construção do Sanatório, tomando para si a administração da obra.
Novembro, dá-se a abertura do primeiro pavilhão da esquerda do Sanatório em Gopoúva onde foram recolhidos e assistidos muitas dezenas de gripados em virtude de epidemia. Atendendo a alta demanda, o Governo do Estado de São Paulo põe à disposição um trem especial para a assistência aos habitantes das zonas circunvizinhas que ao Sanatório foram assistidas.
13 de dezembro, realização de assembleia geral ordinária na Sinagoga para prestação de contas do ano de 1918. Diante dos excelentes resultados obtidos perante a administração geral de Antônio J. Trindade em todas as obras, a comissão vem pedir para lançar em ata uma carta de louvor.
1919 Março, cisão na Sinagoga Espírita São Pedro e São Paulo com divisão do espólio, ficando apenas com o Sr. Antônio J. Trindade a filial.
23 de agosto, Antônio J. Trindade faz publicar uma carta-convite colocando-se à disposição para quem possa interessar-se a conhecer seus métodos, meios e processos espíritas utilizados no sanatório para restituir a razão e a saúde aos doentes.
Abertura de outra casa em Santana, à rua Voluntário da Pátria, 490 - onde foi aberto um sanatório para obsedados (alienados e epiléticos), noticiada elogiosamente no Jornal do Commercio de 02 de setembro, bem como na “Seduta Espírita” de onde destacamos a manchete: “Damos destaque aos objetivos da casa de não manter os insanos entre quatro paredes, mas sim, de poder fazer retornar as criaturas ao seio da sociedade por meio de processos espirituais. ”
Em decorrência dos resultados obtidos com a reabilitação (cura) dos doentes as autoridades políticas enviam para lá os dementes, vindos de várias delegacias. Ocorre a pressão para que à frente do sanatório fosse colocado um médico. Sr. Antônio J. Trindade absolutamente não admite, preferindo fechar a casa a ter que mentir a sua consciência, aos doentes e ao próprio Deus.
Um incêndio de grandes proporções faz perder-se a casa da Rua do Gasômetro, 166, o que obriga a instalação de outra sede, no Brás. De modo a atender a grande demanda de necessitados e a realização do ideal da Cozinha dos Pobres, Sr. Antônio J. Trindade ao invés de alugar um imóvel decide a compra de um terreno e a construção da nova sede.
1921 17 de abril, lançamento solene da pedra fundamental para uma nova sede a ser construída na Rua Casemiro de Abreu, 80/82, que se chamará “Sinagoga Espírita Nova Jerusalém” e a “Cozinha dos Pobres”. Na cerimônia Antônio J. Trindade faz a apresentação e leitura da “Ata do Lançamento da Pedra Fundamental do Templo para a Sinagoga Espírita e de uma Cozinha para Sopa aos Pobres”. Sendo a seguir lançada ao solo junto à pedra uma cópia da ata, moedas nacionais vigentes e os jornais do dia. Deste modo, Antônio J. Trindade declara o compromisso assumido com Deus e perante os homens e o mundo. Decreta então que outra via faça constar nos arquivos da Sinagoga para sua leitura todos os anos.
1922 19 de julho, inauguração solene do Templo “Sinagoga Espírita” com a presença de altas autoridades estaduais e federais e grande número de convidados, noticiado por vários jornais, destacando-se o “Jornal do Commercio”, que faz referência ao esmero da construção, do mobiliário bem como a preocupação com conforto e bem-estar daqueles ali assistidos. A suntuosidade do prédio faz destacar-se também pela extensão que se descortina no terraço do último andar, conforme notícia “toda a cidade desde o Ipiranga até a Freguesia do Ó e de Vila Mariana até a Penha pode ser avistado. ”
15 de novembro, tem início a Cozinha dos Pobres, data em que se terminou a instalação da padaria e cozinha. O evento aconteceu com a presença de mais de 200 pobres já inscritos.
1923 Na ocasião de um ano de aniversário da Cozinha dos Pobres, o jornal “A Platéa” contabiliza que se constam inscritos no livro de registro da cozinha 960 pessoas, sendo distribuído no ano anterior o montante de 81.000 refeições a pessoas inscritas, não contando os avulsos que batem diariamente à porta.
Aquisição de um terreno no município de Suzano e lançamento da pedra fundamental do grande “Asilo para infância e Pobreza”. Iniciada as obras começa a Revolução de 1924 e diante das dificuldades sócio-políticas a obra não pode ser finalizada sendo o projeto adiado para melhores dias e local mais apropriado.
1924 Dois anos após o início da Cozinha dos Pobres continua ininterruptamente a distribuição de alimentos, contudo, altera-se o estatuto, não pedindo do segundo ano em diante credenciais a ninguém que a sua porta bate; dar-se sem indagar do nome da pessoa, da sua nacionalidade ou da sua religião.
Edificação farmácia e laboratório homeopático para atendimento da população necessitava para complementação das obras de assistência.
1930 Lançamento do livro “Não Matarás” de autoria de Antônio J. Trindade – em decorrência do esgotamento, dá-se uma segunda edição no mesmo ano com tiragem mais 5.000 exemplares.
1931 05 de junho, inaugurado pelo governo do Estado de São Paulo, o Sanatório Padre Bento (nas antigas instalações do Sanatório de Gopoúva), instituição para confinamento de portadores de Hanseníase, conhecida como Lepra na época.
03 de outubro, fundação de uma filial da Cozinha dos Pobres no bairro do Bom Retiro à rua Guarani, 24A, noticiado pelo jornal Diário Popular em 17 de novembro, constando da matéria a publicação da Letra do Hino da Sinagoga – Letra de Francisco Pereira e música de Blanca Rossi Trindade.
1932 01 de dezembro, lançamento da Revista “Alvorada d’Uma Nova Era”, órgão de divulgação da Sinagoga Espírita Nova Jerusalém, tendo por diretor Antônio J. Trindade, secretário Francisco Pereira e gerente Angel Gonzalez.
1933 01 de agosto, Revista 17 de “Alvorada d´Uma Nova Era”, em reconhecimento aos serviços prestados como secretário e jornalista, a dedicação à causa espírita por mais de 20 anos, à Sinagoga e à Revista, o Sr. Antônio J. Trindade faz constar nota de falecimento do Sr. Francisco do Espírito Santo Pereira, amigo e confrade.
1940 Construção do Sanatório de Suzano “Sanatório Jesus de Nazaré”.
1946 06 de janeiro, constitui-se a comissão organizadora para a unificação espírita, com participação de representantes da FEESP, Liga Espírita, da Sinagoga Espírita e da União Federativa.
1947 Maio, lançamento do livro “Fatos – Subsídios para a História do Espiritismo” de autoria de Antônio J. Trindade.
Período de 1 a 5 de junho realiza-se o Congresso Espírita do Estado de São Paulo com a adesão de 173 centros da capital e 378 do interior tendo por objetivo a criação de um organismo para unificação dos Centros Espíritas.
02 de junho, realiza-se na Sinagoga Espírita a segunda reunião.
05 de junho, fundação da USE tendo como co-fundadora a Sinagoga Espírita.
14 de julho, o conselho deliberativo da USE, reúne-se para eleger e empossar a sua primeira diretoria.
1958 Início do processo de aquisição do “Sanatório Jesus de Nazareth” em Suzano com o objetivo de ser casa de convalescente para o Hospital das Clínicas.
1959 Aquisição do sanatório de Suzano pelo governo do Estado de São Paulo.
1962 14 de janeiro, falecimento de Antônio J. Trindade em São Paulo, assumindo a presidência Sr. Enyr Buzzoline.
1969 Agosto, nova diretoria assume os destinos materiais tendo como presidente Sr. João Capel Neto e à frente dos trabalhos espirituais Sra. Dilcéia Martins Capel (até os dias atuais) A aquisição de terreno e início da construção da nova sede à Rua São Leopoldo, 728, no bairro do Belém em São Paulo.
1973 Nova denominação do Sanatório Jesus de Nazareth para “Divisão de Hospital Auxiliar de Suzano” (F.M.U.S.P.)
1981 Conclusão da atual sede.
2006 22 de agosto, falecimendo do presidente Sr. João Capel Neto, assumindo a presidência Sr. Nelson Capel.
2013 Falecimento do presidente Nelson Capel, assumindo a diretoria Sr. Allan Moura Capel.
2016 Aniversário de 100 anos! O ideal e o trabalho continuam!